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Autor - José Parisi
Neste livro José Parisi narra, com maestria, o drama enfrentado pelo médico Alberto Viana e por sua esposa Carlota. O drama em epígrafe é a impotênvia "coeundi" do personagem, assunto versado pelo autor com o desembaraçõ de um homem que, nas Aradas, assistiu ás preleções de João Batista de Oliveira e Vosta Junior, o "Costinha", nosso saudoso catedrático de Medicina Legal..
Angustiado, o Dr. Alberto Viana pede socorro a um amigo psiquiatra. E ao relatar o trabalho deste último, Parisi faz um eruditoestudo da História da Psiquiatria. Aqui - e como não poderia deixar de acontecer - o autor paga o seu tributo ao mestre de todos nós, o grande Machado de Assis. O psiquiatra Paulo Saldanha, como sucessor e discípulo do Sr. Simão Bacamarte , "o alienista". melhor construído dos personagens machadianos em primorosa novela de mesmo título , esgota todos os recursos da sua sabença, sem conseguir detectar a causa da impotência "coeundi" do personagem . Este, sem mais poder contar com a Medicina, recorre aos meios espirituais para curar o seu mal... e começa a frequência aos locais adequados para neutralizar o "trabalho" feito por uma eventual - e pior do que isto, desconhecida - amante.
Em uma palavra o Dr. Alberto Viana cofronta "forças demoníacas", de acordo com a expressão do próprio Parisi... a magia negra, assim, adentra a vida de um homem que fora, até então, um pacato - e agnóstico - oftalmologia. Aqui, com muita propriedade, Paridi se refere ao "misticismo demencial" que muitas vezes afeta as mulheres.
Consciente de que era uma vítima indefesa das potênvias do mal, personagem, como o diz de modo impecável o autor, "foi arrancado dos braços da ciência para ser pouco a pouco lançado nas garras da magia".
Acacio Vaz de Lima Filho
